As tarifas de importação de 50% impostas pelos EUA sobre produtos brasileiros entraram em vigor na quarta-feira (06). Com a medida, produtores de frutas de Lagoa Grande-PE, Petrolina-PE e outras cidades do Vale do São Francisco estão preocupados com os prejuízos e traçam novas rotas para exportação. Para a safra desse ano o prejuízo estimado é de 60 milhões de dólares.
Em Petrolina-PE, uma fazenda que produz uvas para exportação há 35 anos, com duas mil toneladas por safra tem sentido o impacto. Tradicionalmente, 25% vão para os Estados Unidos. Mas, com o tarifaço, os produtores buscam novas alternativas para não inviabilizar o negócio.
"A própria Europa ainda tem países que estão crescendo o consumo de uva, como Espanha, Itália, França, e outros mercados que ainda podemos explorar, como os mercados do Oriente Médio, a própria Rússia. Então, existe também a possibilidade de exportar para a China, mas, isso requer muito estudo, precisa desenvolver parcerias locais, né?", afirmou o produtor rural Edis Matsumoto.
O tarifaço de Trump pode reduzir em 70% exportações de uva e manga do Vale do São Francisco, região essa que é o maior produtor e exportador de uvas e mangas do país, com um mercado que gera cerca de 250 mil empregos diretos. Lucineide, que trabalha em uma fazenda há mais de 20 anos, vem acompanhando as notícias sobre o tarifaço do governo norte-americano com preocupação.
Texto: g1 Petrolina/Adaptação: Blog Notícias em Destaque
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